O LIVRO DE TOTH - Fonte: Livros Malditos - Por Jacques

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Toth é um personagem mitológico, mais Deus que homem que, por todos os documentos egípcios que possuímos, precedeu o Egito. No instante do nascimento da civilização egípcia, os sacerdotes e faraós tinham em seu poder o Livro de Toth, constituído, provavelmente, de um rolo manuscrito ou de uma série de folhas que continham os segredos de diversos mundos e que davam poderes consideráveis aos seus detentores.
Em 2.500 a.C., os egípcios já escreviam e faziam livros, esses livros eram escritos em papiro. Na literatura egípcia de 2.500 a.C., já se encontram tratados científicos de medicina, textos religiosos, manuais e mesmo obras de ficção científica!
O Livro de Toth devia, pois, ser um papiro muito antigo, recopiado secretamente muitas vezes e cuja antiguidade remontava a 10.000 ou talvez 20.000 anos.
Uma primeira alusão a esse livro apareceu no papiro de Turis, decifrado e publicado em Paris, em 1864. Esse papiro descreve uma conspiração mágica contra o faraó, conspiração que visava destruí-lo através de feitiçarias, a ele e a seus principais conselheiros, por meio de estátuas de cera deitar de acordo com a imagem e cada um. A repressão foi atroz: quarenta oficiais e seis altas damas da corte foram condenados à morte e executados. Outros se suicidaram. O livro maldito de Toth foi queimado pela primeira vez.
Esse livro apareceu mais tarde na História do Egito entre as mãos de Khanuas, filho de Ramsés II. Ele tinha o exemplar original escrito pelo próprio Toth e não por um escriba. De acordo com os documentos, este livro permitiria ver o Sol face a face. Dava o poder sobre a Terra, o oceano, os corpos celestes. Dava o poder de interpretar os meios secretos usados pelos animais para se comunicarem entre si. Permitia ressucitar os mortos e agir à distância. Tudo isto nos é relatado nos livros egípcios da época.
Todo mágico que se respeite, em particular na Alexandria, pretende possuir o Livro de Toth, mas nunca se viu aparecer o próprio livro, cada vez que um maio gloria-se de possuí-lo, um acidente interrompe a sua carreira.

O Livro de Toth reapareceu com tanta frequência no Século V da era Cristã até os nossos dias, que podemos perguntar como foi reproduzido antes da invenção da imprensa e da fotografia. A inquisição queimou-o pelo menos umas trinta vezes e seria preciso um livro para enumerar os acidentes bizarros que acontecem àqueles que pretendem possuir o Livro de Toth.
Uma lenda estranha começou a circular desde o Século XV. Segundo ela, a Sociedade Secreta que possuía o Livro de Toth vulgarizou um resumo dele, uma espécie de fichario acessível a todos. Esse fichario não é outro senão o famoso jogo de cartas conhecido como Tarot. Encontramos tal idéia pela primeira vez, expressa com todas as letras, em um livro de Antoine Court de Gébelin: "Le Monde Primit". No século XVIII, qualquer charlatão que se preza dizia possuir o Livro de Toth. Nenhum o reproduziu e muitos foram mortos nas fogueiras da Inquisição por isto, até 1.825 - em 1.825 com efeito, a Inquisição queimava ainda na Espanha.
No Século XIX, como no XX, não faltavam charlatães que pretenderam, igualmente, possuir o papiro ou o Livro de Toth (que acabou intervindo no célebre romance de Gaston Leroux: "A poltrona mal assombrada").
Mas ninguém ousaria públicá-lo, pois os acidentes acontecidos a esses possuidores foram numerosos.

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